CNU ORIENTAÇÃO: Maria Sá e Jorge Fortunato sobem de posto
De 22 a 23 de Maio, realizou-se o Campeonato Nacional Universitário de Orientação na Vila de Sesimbra. A FADU em parceria com a Federação Portuguesa de Orientação realizou a competição universitária inserida no 2º Open de Orientação Pedestre de Sesimbra para decidir quem seriam os novos campeões 2009/10.Este ano, a competição decorria também no colectivo, pelo que, a Universidade de Lisboa, com 349,3 pontos, ficou bem destacada da sua rival Universidade do Porto, com 221,7 pontos. A Associação de Estudantes da Faculdade de Motricidade Humana, recebeu o 3º lugar na classificação colectiva apesar do atleta João Ferreira não ter finalizado a prova.
Tanto no pódio masculino como no feminino, a situação inverteu-se, em comparação com a prova da época de 2008/09. Tiago Mourão da Universidade Nova de Lisboa e Patrícia Casalinho da AEISCTE, ex-campeões nacionais universitários, viram o seu lugar ser tomado por Jorge Fortunato da U.Lisboa e Maria Sá da U.Porto.
Jorge Fortunato da U.Lisboa, apesar de na classificatória ter ficado atrás de Tiago Mourão da Nova, na final foi mais rápido e perspicaz, com o tempo de 1h10m45s. Por sua vez, Tiago Mourão, com 1h12m52s, ficou em segundo lugar e recebeu a Medalha de Prata. O Bronze, foi para Miguel Reis e Silva da U.Lisboa, com o tempo de 1h13m50s.
No feminino, Maria Sá da U.Porto foi superior, ao terminar, com 1h14m23s,bastante destacada da sua adversária, Patrícia Casalinho da AEISCTE, que finalizou a prova com o tempo de 1h18m07s. Catarina Ruivo da U.Lisboa, ficou em 3º lugar, com o tempo de 1h24m47s.
Feliz pela vitória
Maria João Sá, 24 anos, atleta do Clube Desportivo 4 Caminhos, é estudante da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e pratica Orientação desde 2002. Começou no Desporto Escolar e rapidamente passou para o nível federado.
É a segunda vez que participa no Nacional Universitário e não poderia estar mais contente. “Era o meu objectivo ficar em primeiro lugar, sabia que ia ser uma prova difícil visto estar muito calor. Sou uma mulher do norte e estou habituada a treinar em terrenos mais frescos”, conta.
Está no último ano de Medicina e desde o primeiro ano que nunca abandonou a modalidade, apesar de algumas restrições. “No princípio que todos me diziam que ia ser difícil, estudar e praticar desporto ao mesmo tempo, mas sempre consegui dar a volta”, refere. Também conhece de perto outros exemplos, colegas e amigos de turma, como João Araújo da Natação e Filipa Fernandes da Ginástica Artística, que estão na mesma situação. Maria João, diz que é fundamental estabelecer um equilíbrio: “mesmo em termos mentais ajuda-nos muito, fazer uma pausa e que essa pausa seja saudável como a prática de desporto.”
Comenta também que deve de haver por parte das universidades um investimento no desporto, justificando a importância para um estudante, não só em termos de saúde, como de bem-estar e convívio.
Fica aquele ‘bichinho’ e as pessoas voltam sempre!
A Orientação sempre representou uma grande paixão para a atleta do Porto. A liberdade de escolher para onde correr e o desafio da modalidade, diferente de qualquer outro tipo de prova de montanha ou de atletismo. “A orientação obriga-nos a pensar, a manter uma concentração constante e ao mesmo tempo gerir o esforço físico, que tanto pode ser em pisos rápidos como pisos muito sinuosos, com muitas subidas e obstáculos”, conta.
O convívio é também uma parte muito importante na modalidade. “Quem experimenta a orientação volta sempre”, diz, “passamos o Verão a viajar, vamos juntos para as provas, ficamos a acampar ou a dormir em pavilhões todos juntos, é um pouco “aciganado” mas criam-se laços de amizade muito especiais”.