CNU KARATÉ: IPP e U.Porto com 1 ponto de distância
O Campeonato Nacional Universitário de Karaté, decorreu também em Braga, na Universidade do Minho. No dia 11 de Abril, foram quase 50 atletas que lutaram pelo título nos tapetes minhotos, em Técnica e Combates.O 1º lugar na competição por equipas, decidiu-se por apenas um ponto de diferença com o 2º lugar. O Politécnico do Porto levou a melhor com 30 pontos e a Universidade do Porto com 29 pontos. Já em 3º lugar, ficou a equipa da AAUM.
Em primeiro lugar, disputou-se a vertente técnica – KATA. No feminino, Olívia Carvalho, da U.Porto, sagrou-se Campeã Nacional Universitária, seguida por Joana Mota, da AEISMAI e em 3º lugar, Joana Santos, AAC e Ana Abreu, AAUTAD.
André Vieira, do IPP, arrecadou o Ouro, e João Meireles, da AAUM, a medalha de prata. O bronze foi atribuído a Carlos Morim, da U.Porto e Ivo Monteiro, da AAUBI.
André Vieira, Campeão Nacional Universitário de Kata, em representação do Politécnico do Porto, conta que há muito esperava alcançar um título nacional. “Concretizou-se o meu sonho ser campeão nacional universitário, foi de longe o meu melhor pódio e uma grande alegria para mim”, afirma.
Pela primeira vez, participou no CNU e com alguma experiência em provas da federação e europeus de estilo, diz, “este foi muito importante e teve bastante significado”.
Kumité pratica mais por “brincadeira”, pois desde criança que gostava. O Kata é a sua modalidade e o seu objectivo principal. Tanto em Técnica como em Combates a dificuldade existe. “O Kata exige muita paciência, muita concentração, treino de movimentos muito repetidos. É preciso insistir bastante no mesmo movimento”, comenta o atleta.
O Karaté que é praticado, diz ser muito limitado. A nível nacional refere que devia ser mais divulgado e a nível internacional, merecia ser modalidade olímpica. “É um grande desporto e espero que futuramente dêem mais valor à modalidade”, afirma.
A vertente de Combates femininos, disputado nas categorias de peso, -55 kg, -61 kg e -68 kg, teve como Campeãs Nacionais Universitárias, Cláudia Pereira, da AAUM, Andreia Ferreira, da U.Porto e Sara Silva, do IPP, respectivamente.
“Treinar e estudar é complicado”
À conversa com Andreia Ferreira, Sénior do Clube de Karaté da Maia e representante da Universidade do Porto, teve pela primeira vez a oportunidade de mostrar no tapete universitário o seu valor como atleta. Nos 12 anos de prática no Karaté, tem no seu currículo muitas participações: Campeonato da Europa em Itália, Campeonato do Mundo na Turquia, Open’s e outras provas internacionais.
Concretizou esta prova, ao receber a Medalha de Ouro na categoria de -61 kg. Para si, ganhar foi óptimo. “A sensação ainda é maior porque estive parada durante 2 anos!”, conta.
Andreia considera o desporto universitário muito importante, mas tem as suas dificuldades. A carga horária é muito grande para atingir um nível de alta competição.
Refere que o número de atletas presentes no CNU é muito menor do que no federado, “mas estavam cá as principais vedetas do Karaté nacional”. Também gostou da prova por não ser muito confusa, “normalmente são provas muito mais barulhentas”, comenta.
No pódio masculino, Ricardo Carvalho da U.Porto, derrotou o rival do IPP, Vitor Silva, numa final muito disputada (-67 kg). Nos -75 kg, João Meireles da AAUM alcançou o Ouro, tal como Hugo Pina da AEIST, nos -84 kg.
Ricardo Carvalho, estudante na Faculdade de Economia da U.Porto, pratica desde os 5 anos e é federado desde os 12.
Pela primeira vez, participou no CNU, arrecadou o título e teve uma grande claque. O número de atletas e o nível competitivo é bastante reduzido em comparação com o federado. “Faz alguma diferença os mais velhos não estarem aqui, torna a competição menos complicada”, afirma.
Para além do Karaté, pratica Futebol e Futsal com os seus amigos. O Desporto em geral e o Universitário em particular, “faz todo o sentido!”, diz, “é uma forma de ter algo para além dos livros e para ter uma vida saudável através da faculdade”.