Campeões da academia de Évora sonham competir em Lodz

Depois da conquista da medalha de ouro em Guimarães, no Campeonato Nacional Universitário de Kickboxing kick light, Francisco Frade e Margarida Varela, da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE), já pensam nos Jogos Europeus Universitários 2022, que vão decorrer em Lodz de 17 a 30 de julho. A competição de kickboxing – para a qual se qualificaram – arranca a 15 e termina a 18 de julho.

 

 

Francisco Frade tem 21 anos e estreou-se com o pé direito nas competições universitárias, ao vencer o Campeonato Nacional Universitário (CNU) de kickboxing kick light, na categoria -63kg. Natural da Chamusca (Santarém), o jovem que frequenta atualmente o quarto ano de Gestão na Universidade de Évora mostrou-se ‘feliz por competir nas provas organizadas pela FADU, visto que era algo que ambicionava desde o início do percurso académico’. Na estreia, e até chegar à final, teve de vencer três combates, levando já algum desgaste para o confronto decisivo. ‘Seria expectável que existissem alguns atletas de bom nível que dificultassem o meu percurso’, refere.

 

O kickboxing não é a única modalidade que pratica. Foi no taekwondo que começou a dar os primeiros passos no mundo dos desportos de combate. ‘Só entrei para o kickboxing com a minha ida para a Universidade de Évora. Conjugar ambos os desportos foi algo difícil ao início devido à diferença entre o que é eficaz num desporto e não é no outro’, conta. São precisas duas mãos para contar os anos do atleta eborense no taekwondo, e é inegável a sua importância para o sucesso alcançado no kickboxing, tanto a nível universitário como federado. Entre uma e outra modalidade, Francisco não toma partidos. ‘Não tenho preferência por nenhum. O sentimento de felicidade está presente quando pratico os dois desportos, que me permitiram crescer como pessoa e que contribuem para a minha saúde física e mental’, revela.

 

Sem qualquer experiência em competições europeias, Francisco vai ter a possibilidade de riscar mais uma linha da sua ‘wishlist’. A concretizar-se a participação nos EUSA Games, ‘o objetivo passa por competir da melhor forma que sei’ garante. ‘Vou continuar a trabalhar e a tentar evoluir para chegar a Lodz e pôr em prática o que aprendi até agora’. O futuro gestor não esquece o trabalho dos colegas de treino e dos treinadores nas suas conquistas. ‘Eles é que me permitem melhorar em todos os treinos e ajudam a tentar ser o melhor atleta que consigo. Estou bastante agradecido pelo apoio que recebo, tanto dos meus amigos, como da família’, disse, destacando o apoio dos pais, do mestre Rui Santos, de taekwondo, e do mestre Manuel Pacheco, de Kickboxing. Caso venha a competir na Polónia, Francisco espera ter uma boa performance e deseja o mesmo a todos os outros estudantes-atletas que estiverem a representar Portugal.

 

 

 

 

‘Boa sorte, amigo! Espero que não apareças com um olho negro’

 

Foi com a entrada em Gestão que Laura Lopes conheceu o lutador natural da Chamusca. ‘O Francisco incentivou-me a experimentar o kickboxing há cerca de um ano. Houve um dia em que fomos os dois e adorei’, começa por dizer a amiga de 21 anos. ‘Tenho acompanhado o percurso dele e sinto-me orgulhosa. O Francisco teve um ano excelente de combates e não podia estar mais feliz’, confessa, apontando-lhe características como ‘leal, amigo e perspicaz’. Quanto à possibilidade de vir a participar nos Jogos Europeus Universitários, a estudante garante que ‘estará sempre ao lado do amigo, principalmente numa etapa em que ele se esforçou e trabalhou bastante’. Sempre que o Francisco vai combater, já é habitual que a colega de curso lhe envie uma mensagem de boa sorte. Para a competição europeia, Laura já tem a mensagem pensada: ‘Boa sorte, amigo! Espero que não apareças com um olho negro’.

 

 

A estreia, as mulheres nos combates, os estudos e o objetivo de vencer na Europa

 

Em terras alentejanas mora, no entanto, mais talento. Margarida Varela, também da AAUE, entrou a ganhar no CNU de kickboxing kick light, na categoria +65kg. Sem muita experiência nestas andanças, a estudante-atleta natural de Montemor-o-Novo chegou à competição com um ‘nervosismo extra e alguma insegurança’, apesar de confiar no trabalho que realizou nos treinos. ‘Estrear-me com uma medalha de ouro é sempre algo muito gratificante e fico extremamente orgulhosa por isso’, afirma. A aluna de Enfermagem refere que ‘o esforço, o trabalho, a dedicação e a confiança são alguns dos ingredientes essenciais’ para se chegar a bom porto. A par do kickboxing, Margarida pratica também muay thai. Ainda que considere uma decisão difícil, elege a ‘arte das oito armas’ como primeira escolha, porque no kickboxing não se pode utilizar os joelhos e os cotovelos.

 

Segundo a estudante-atleta, as mulheres estão cada vez mais presentes nos desportos de combate, considerando que há ainda um certo receio por parte da maioria das pessoas. ‘Existe bastante respeito por quem está à nossa frente, apesar do contacto físico. Ao início, os meus pais não achavam muita piada ao facto de eu praticar um desporto que engloba alguma violência, mas depois acabaram por perceber e agora vivem a experiência comigo’, refere. ‘O kickboxing é um desporto com pouca visibilidade e poucos praticantes no País’, mas isso não foi um entrave para a jovem de 19 anos.

 

Conciliar a vida desportiva e académica é uma ‘questão de hábito e de organização’ para a campeã nacional universitária. ‘Vejo os treinos como uma prioridade. Quando tenho tempo livre aproveito para estudar. Com uma boa gestão de tempo, dá para estudar, treinar e aproveitar o que a universidade tem de melhor’, assegura. A lutadora sabe que é possível conciliar tudo e não se importa que as saídas à noite fiquem para último na sua agenda. Margarida demonstra um carinho especial pela Universidade de Évora. ‘Esta foi a universidade que eu escolhi para passar os melhores anos da minha vida. Poder representá-la a nível europeu é um motivo de orgulho e aumenta o meu sentido de responsabilidade quando estou no tapete’, realça relativamente ao facto de ser elegível para participar nos EUSA Games. Na lista de agradecimentos pelo seu percurso até aqui estão a sua colega de treino, Joana Nogueira, os pais, os amigos (que já sabem de cor e salteado os seus horários de treino) e também do treinador. ‘Todas estas pessoas dão uma força adicional quando estou em competição’, acredita.

 

Com o passaporte para os Jogos Europeus Universitários 2022 garantido, tudo o que venha a seguir terá sempre o mesmo objetivo: vencer. ‘Estrear-me na Europa com uma medalha era a cereja no topo do bolo. Tenho intenções de viver a experiência ao máximo e de tirar o máximo de aprendizagens possíveis para continuar a evoluir e ser cada vez melhor neste desporto’, conta a atual detentora da Taça de Portugal no kickboxing.

 

 

 

‘Não podia pedir melhor colega de equipa’

 

Joana Nogueira, aluna de mestrado em Turismo e Desenvolvimento de Destinos e Produtos, é a colega de treino de Margarida desde 2016. O kickboxing e o muay thai foram o ponto de partida para o início de uma grande amizade entre as duas estudantes-atletas. ‘Quando comecei no mundo dos desportos de combate, a Margarida recebeu-me de braços abertos e ensinou-me muito daquilo que sei, visto que ela já praticava’, disse. Dentro do tapete, os combates entre Joana e Margarida costumam ser muito equilibrados, pois ambas já conhecem os pontos fortes e fracos, mas no fim o que conta é a evolução de ambas. ‘Fico muito feliz pelo caminho que ela está a construir. A participação numa competição europeia é espetacular para ela! Vê-la chegar a estes patamares é algo verdadeiramente fantástico e sei que ela irá muito longe’.

 

Faltam cerca de seis meses para os Jogos Europeus Universitários, mas a parceira já tem uma mensagem de boa sorte para ela. A colega de treino aconselha que a Margarida vá tranquila, pois acredita na sua capacidade, força e técnica, sem esquecer de ‘manter a guarda em cima’, que é uma espécie de ‘inside joke’ das duas. Joana teve de ficar afastada dos combates durante 10 meses devido a lesão, mas o kickboxing não parou para ela. ‘Durante aquele tempo, a Margarida mandava-me sempre mensagem a perguntar como é que eu estava e a explicava-me todas as novas combinações que ia aprendendo. Isso foi uma grande prova do nosso espírito, amizade e entreajuda. Não podia pedir uma melhor colega de equipa’.

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