Conferência reforçou a importância do desporto na saúde mental dos estudantes

 

 

O desporto e a saúde mental estiveram em cima da mesa na conferência online ‘Desporto e Saúde Mental dos Estudantes’, que decorreu esta terça-feira e que contou com a presença de especialistas em Psicologia do Desporto e personalidades do desporto nacional como Susana Feitor, Jéssica Augusto e Jorge Braz, todos com ligação ao desporto universitário. A conferência teve transmissão em direto no Facebook da FADU.

 

A abrir a sessão esteve o presidente da FADU, André Reis, que salientou a ‘importância do desporto no bem-estar físico e psicológico dos estudantes’. Numa altura em que decorrem as comemorações do Dia Internacional do Desporto Universitário e da Semana Europeia do Desporto, que a FADU leva a cabo sob o mote ‘Desporto Sim, Isolamento Não’, o presidente sublinhou a relevância de dar destaque ao tema da saúde mental em tempos de pandemia.

 

Anabela Pereira, professora do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, iniciou as hostes com a apresentação do webinar ‘Burnout em contexto académico’. De referir que o burnout foi tema de um dos dois trabalhos vencedores no programa de estudantes do FISU Forum deste ano, do qual fez parte Fábio Nunes, aluno da Universidade de Aveiro.

 

A conferência teve uma segunda parte com mesa redonda, moderada pela atleta olímpica Susana Feitor, e que abriu com uma breve mensagem do presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), Vítor Pataco, através de videochamada. ‘A saúde física, associada à problemática da saúde mental são dois tópicos indissociáveis’ começou por dizer, sem deixar de fazer referência ao ‘painel de luxo para discutir esta temática’ ali reunido. Vítor Pataco entende que as atividades desportivas não devem parar: ‘Temos os melhores treinadores e os melhores professores, por isso temos obrigação de apresentar soluções que levem as pessoas à prática de atividade física, feita de forma a minimizar os riscos que existem neste período pandémico. Esse é o desafio que temos todos de abraçar.’

 

Jéssica Augusto, que deixou para trás o curso de enfermagem para se dedicar apenas ao atletismo, reconhece que está nos seus planos voltar aos estudos. ‘Ter uma licenciatura é um dos meus objetivos de vida. Não sei quando, talvez quando já não tiver compromissos com um clube. Depois disso penso tirar uma licenciatura ligada ao desporto, ao planeamento do treino’. Por enquanto, Jéssica Augusto ainda tem metas e a principal são os Jogos Olímpicos de Paris, cidade onde nasceu. ‘Eu ainda faço 200km por semana. Sou mais profissional agora do que há 15 anos porque não abdico do descanso’, disse, reforçando a importância do descanso no rendimento enquanto atleta e também enquanto estudante. Quanto à síndrome de burnout: ‘Nós há 20 anos sentíamos isto, só não lhe dávamos um nome’, ressalvou.

 

‘Às vezes a falta de rendimento dos atletas não tem nada a ver com o treino, tem a ver com os problemas de cada um. Temos de compreender o ser humano que temos à nossa frente e depois perceber as prioridades. E às vezes as prioridades nada têm a ver com o treino e nós não nos apercebemos porque estamos muito focados no rendimento. Do ponto de vista do treinador isto é cada vez mais uma preocupação’, frisou o selecionador nacional de Futsal, Jorge Braz. ‘Quando temos exigência académica e exigência desportiva, há momentos em que o equilíbrio é muito difícil’, reforçou.

 

Kátia Almeida, formada em Psicologia do Desporto, defendeu a visão do desporto ‘como forma de trabalhar competências de vida’, associando os problemas que desencadeiam o burnout à fase de transformação que vivem os jovens e à compartimentação da vida de cada um, ao mesmo tempo que se vivem novos desafios à escala mundial. ‘Hoje com a covid e tudo o que está a acontecer, atletas que tinham o objetivo de ir aos Jogos Olímpicos sentem que vão perder uma oportunidade. No desporto universitário tinham ambição de ir a Campeonatos do Mundo Universitários e alguns, pela idade, perderam a oportunidade e estariam a trabalhar para isso. Isto tudo junto é doloroso’. Segundo a especialista ‘quanto maior for a perceção de que há muita coisa na vida que não controlamos, maior será a probabilidade de entrarmos num quadro de burnout’.

 

Durante a conferência, Jorge Silvério defendeu que é bom que os jovens tenham várias ocupações, nomeadamente as vias do desporto e académica, para criarem ‘mais do que uma identidade enquanto pessoas’ e não sofrer tanto quando numa das áreas houver algum tipo de frustração. ‘A carreira académica é perfeitamente conciliável com o desporto, é preciso espírito de sacrifício. Alguns nadadores com quem trabalho levantam-se às 5 horas da manhã’, disse, referindo que na atualidade ‘a pandemia é mais uma dificuldade’. Para o psicólogo, que faz o acompanhamento de atletas de várias modalidades, o essencial é ‘que todas as instituições à volta funcionem: a família, a universidade, o clube e outros agentes à volta.’

 

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